O Pequeno Mundo dos Livros: Dica de Leitura: O Clã de Rhett Butter

Leitura Concluída em 2013.

Ficha Técnica

Obra: O Clã de Rhett Butler (Título Original: Rhett Butler's People)

Autor: Donald McCaig (Tradução: Ana Deiró)

Editora: Rocco

Ano: 2007

ISBN: 9788532517234

Número de Páginas: 512

Sinopse

Rhett Butler, o homem que tomou de assalto o coração de Scarlett O´Hara em "...E o Vento Levou", tem sua vida passada a limpo neste romance surpreendente sobre força, coragem e superação. O clã de Rhett Butler retorna o épico de Margaret Mitchell com um olhar inovador que promete conquistar novas geraçoes de leitores.

Sobre o autor

Donald McCaig, nascido em 01 de janeiro de 1940, em Butte, Montana, é um romancista, poeta e ensaísta americano. McCaig ganhou um BA em Filosofia pela Universidade do Estado de Montana, em 1963 e, posteriormente, concluiu pós-graduação em pastoreio e cães pastores. Ele teve uma breve, mas bem sucedida carreira em Nova York Madison Avenue antes de se mudar para uma fazenda de ovelhas nas montanhas do oeste da Virgínia com sua esposa, Anne.

Resenha e opinião

"O Clã de Rhett Butler" foi uma obra encomendado pela família da autora de "E o Vento Levou...", Margaret Mitchell, a fim de ser uma espécie de continuação do mesmo, sendo que, na verdade, ele narra a história desde quando tudo começou. Donald McCaig levou 12 anos para escrevê-lo. O livro narra a história de "E o Vento Levou..." sob o ponto de vista de Rhett. Não li a obra de Margaret Mitchell, mas esse fato não prejudicou minha leitura de "O Clã de Rhett Butler", pois é possível entender a trama, de qualquer forma.

"Nas grandes propriedades agrícolas às margens do rio as sementes de arroz eram cobertas de barro e plantadas em abril, e as comportas dos diques eram abertas para a inundação dos campos para a germinação. Os arrozais eram inundados mais três vezes antes da colheita em setembro. A manutenção e a operação das comportas grandes e pequenas eram tão vitais para uma boa safra que Will, mestre das comportas de Broughton, só era subalterno de Hercules na hierarquia dos escravos." - Pág. 27

Rhett Butler é filho de um grande latifundiário na Carolina do Sul, o autoritário Langston Butler, e da delicada e religiosa Elizabeth. Desde muito jovem Rhett aprendeu a respeitar os empregados da fazenda, vistos como meros escravos pelo restante da família. Inconformado com o cruel tratamento reservado aos negros e sentindo-se sufocado pelo pai, Rhett, ainda menino, foge e se abriga na casa dos Bonneau, uma família de escravos libertos, onde é acolhido como filho. Como punição, Langston o faz trabalhar como empregado na fazenda e, posteriormenteo envia para a academia do exército norte-americano.

"O poder fascinava Edgar Allan Puryear. O pai de Rhett, Langston Butler, era poderoso porque era rico e impiedoso - rico porque era impiedoso. Charlotte Fisher Ravanel era poderosa porque era rica, e Andrew Ravanel era poderoso porque a guerra recompensa a coragem. Edgar Puryer não compreendia o poder de Rhett Butler." - Pág. 134

Entretanto, Rhett é aventureiro e não cede à vida militar, sendo expulso da instituição e renegado pela própria família. A partir daí ele começa a viver intensamente, longe das planícies da costa leste, para onde voltará apenas depois de ter feito fortuna.

"Scarlett se sentia como se tivesse vendido parte de si mesma. As serragens eram um negócio lucrativo, e se tivesse querido vender, Deus sabia, havia recebido muitas propostas. Ela as havia construído sozinha! Eram provas tangíveis de quem era e do que era capaz de fazer." - Pág. 368

A trama segue: personagens crescem, casam-se, novos personagens entram no enredo, mas ninguém conhece Rhett de forma profunda, e ele continua despertando paixões e ódio. O rapaz se mantém neutro durante a Guerra Civil, e, como comerciante, lucra com o abastecimento das regiões em guerra. É nesse período que Scarlett O'Hara, uma jovem determinada e de personalidade forte, cruza o seu caminho, e acaba se tornando uma obsessão.

Capa e diagramação

A obra possui capa apresentando a imagem das costas de um homem bem vestido segurando um chapéu. Diagramação simples, com páginas brancas. Além de bastante extenso, o livro possui letras bem pequenas, o que torna a leitura um pouco cansativa. Os capítulos variam entre curtos e médios, iniciando-se na página seguinte ao encerramento do capítulo anterior.

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