Leitura Concluída em 2009
Ficha Técnica

Obra: As Mil e Uma Noites ( Título Original: Alf laylah wa laylah)
Autor: Antoine Galland
Apresentação: Malba Tahan
Editora: Ediouro
Ano da edição: 2002
ISBN: 85-0000-808-3 (Vol. I) e 85-0000-809-1 (Vol. II)
Número de Páginas: 544 (Vol. I) e 544 (Vol. II)
Sinopse
Com apresentação de Malba Tahan, um dos mais respeitados contadores de histórias do universo oriental, o livro reúne contos exóticos e personagens misteriosos, como 'Ali Babá e os Quarenta Ladrões' e 'Aladim e a Lâmpada Maravilhosa' , que já inspiraram um grande número de adaptações para o teatro e cinema e expressam toda a poesia e deslumbramento do mundo árabe. A versão adotada foi a de Antoine Galland, a mais conhecida no Ocidente, que, pela sua qualidade, foi traduzida para todos os idiomas. Galland selecionou as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante, que mostram a vida em toda a sua maravilhosa diversidade. São contos de aventuras de cavalaria e guerra, histórias de amor e intriga de namorados, romances de viagens, lendas cheias de crueldades, cenas de zombaria, histórias de erudição e muito mais.
Sobre o autor
Galland nasceu na Picardia de uma família camponesa humilde. Bom estudante, entrou em 1661 no Colégio de Plessis, em Paris, onde aprendeu a língua árabe. Em 1670 tornou-se secretário do marquês de Nointel, embaixador do rei Luís XIV junto ao Império Otomano. Nessa condição visitou Constantinopla, Grécia, Síria e Palestina, colecionando manuscritos e outros objetos. Sua última viagem ao Oriente ocorreu no período entre 1678 e 1688.
Em 1704 começou a publicar os volumes do que seria sua maior obra, As Mil e Uma Noites, baseado num manuscrito sírio do século XIV. Até 1706 já havia publicado seis volumes, que alcançaram grande popularidade. Galland tomou várias liberdades artísticas em sua redação. Por exemplo, As Viagens de Simbad, originalmente um conto avulso, acabou sendo incluído. O mesmo ocorreu com algumas histórias que escutou de Hanna Diab, um contista sírio, como Aladim e a Lâmpada Maravilhosa e Ali Babá e os Quarenta Ladrões: apesar de não existirem em nenhum manuscrito antigo das Mil e Uma Noites, foram também incorporadas por Galland em sua obra. O escritor também modificou grande parte do estilo da narrativa, as falas das personagens e outros aspectos para adaptá-los ao público europeu. Apesar das críticas que recebeu de escritores e estudiosos posteriores, sua versão é a mais célebre e tornou-se um dos fundamentos da literatura ocidental.
Sobre Malba Tahan
Julio Cesar de Mello e Souza nasceu no Rio de Janeiro em 6 de maio de 1895, e viveu até 1974. É mais conhecido como Malba Tahan. Foi um professor, educador, pedagogo, conferencista, matemático e escritor do modernismo brasileiro, e um dos maiores divulgadores da matemática do Brasil. Viveu quase toda sua infância na cidade paulista de Queluz. Suas obras focavam no didatismo para ensinar a matemática de uma forma divertida e diferente, fugindo do tradicional modelo que utiliza fórmulas já determinadas. O autor colocava desafios matemáticos nos livros, aguçando a criatividade e incentivando a descoberta. Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites.
Quando Julio Cesar criou o pseudônimo Malba Tahan, não queria apenas criar um pseudônimo, mas fazer com que ele parecesse real, como se houvesse realmente existido uma pessoa com esse nome, uma mistificação literária. Passou então a estudar a cultura e a língua árabes, para que pudesse inventar a biografia de Malba Tahan e para que seus contos árabes fossem convincentes em termos de estilo, linguagem e ambientação.
Resenha e opinião
"As Mil e Uma Noites", obra apresentada por Malba Tahan, possui dois volumes. Esta edição é uma versão elaborada pelo orientalista Antoine Galland que ficou famoso por fazer a tradução para o francês dos famosos contos árabes e orientais em 1704.
Os dois volumes são compostos pelos contos narrados por Sherazade, esposa do sultão Shariar, que enlouqueceu ao ser traído pela sua primeira mulher, que sempre dormia com um escravo quando Shariar viajava. Ao descobrir a traição, o sultão matou sua esposa e o escravo, convencendo-se, então, de que nenhuma mulher era digna de confiança, e que todas mereciam ser punidas. Ele passou a desposar uma mulher diferente a cada noite, mandando matá-la pela manhã. Sherazade, filha do vizir, oferece-se para se casar com Shariar, mesmo contra a vontade do pai.
A magia da obra começa a partir daí. Sherazade combina com sua irmã que lhe peça, na presença do sultão, que conte uma história. A história contada é interrompida ao amanhecer. Shariar, contudo, extremamente curioso, implora para que o final seja revelado. A sultana, usando de muita sagacidade, avisa que só contará o desfecho quando chegar a noite. Assim, sua morte é adiada durante muitas noites, tendo em vista que, em cada uma delas, ela conta uma história diferente, todas capazes de prender totalmente a atenção de Shariar.
A obra é recheada de magia e cada conto narrado é muito envolvente. "As Mil e Uma Noites" é capaz de fazer o leitor perder noites de sono, assim como o sultão, tendo em vista que cada página e cada história é suscetível de deixar uma reticência, um "gostinho de quero mais".
Mais informações
"As Mil e Uma Noites", ou "O Livro das Mil e Uma Noites", é uma coleção de histórias e contos populares originárias do Médio Oriente e do sul da Ásia e compiladas em língua árabe a partir do século IX. No mundo ocidental, a obra passou a ser amplamente conhecida a partir de uma tradução para o francês realizada em 1704 pelo orientalista Antoine Galland, transformando-se num clássico da literatura mundial.

Os contos que compõe a história são de diversas origens e foram sendo acrescentados e suprimidos ao longo da história da obra, sendo alguns possivelmente originários da Índia, outros da Pérsia e outros do mundo árabe. As mais antigas referências à obra não mencionam quais contos compunham a coleção e, uma vez que os manuscritos com contos que chegaram até a atualidade são já do século XV, é hoje impossível saber quais eram os contos que compunham as primeiras versões.
(Fonte: Wikipédia).
Quotes
"Sherazade se calou. Quanto a Shariar, ele se levantou, ansioso em saber por que aquele jovem tinha sido abandonado numa ilha deserta." - Pág. 168 (Vol. I)
"O dia, que a sultana Sherazade viu aparecer naquele instante, obrigou-a a se calar." - Pág. 47 (Vol. II)
"A sultana da Índia, mal terminou a história do príncipe Zein Alasna, pediu permissão para iniciar outra, o que Shahriar lhe concedeu para a próxima noite, porém, visto que o dia não tardaria em surgir." - Pág. 195 (Vol. II)
"Sherazade se atirou aos seus pés, numa prova de reconhecimento." - Pág. 539 (Vol. II)
Capa e diagramação
Os dois volumes possuem bela capa, com um desenho que se assemelha à textura de um tapete persa, remetendo-nos à cultura da Índia. A obra é dividida pelos dias em que Sherazade vai contando as histórias ao sultão. Capa parte varia entre curtas e médias, e se iniciam na mesma página do encerramento da parte anterior. Diagramação simples, com páginas amarelas.
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Volume I (Capa Antiga) | (Capa Nova)
Volume II (Capa Antiga) | (Capa Nova)
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Em alguns lugares do meu blog tem dizendo o quanto eu tenho um carinho especial pela cultura Árabe. Quando eu vi essa postagem quase pulei de alegria. Sou louca para ter esses livros em minhas mãos e devorá-lo, mesmo conhecendo alguns contos desde criança, sempre quis conhecê-la completamente. Você está conseguindo me devolver ao mundos dos devoradores de livros *---* Estou revivendo vários livros que sempre quis ler e que com o tempo ou melhor a falta dele, foram apenas ficando anotados e guardados em uma gaveta. Muito obrigada por suas postagens inspiradoras.
ResponderExcluirUm abraço!
Siz, essa obra é realmente muito inspiradora, daquelas que você quer ficar acordada a noite toda para ler!
ExcluirA falta de tempo, infelizmente, atrapalha muito a gente, mas temos que tentar tirar o máximo de proveito do nosso tempinho livre.
Muito obrigada pelo carinho e por sempre estar por aqui, no meu mundinho!
Beijão!